Culpado



Haverá um dia em que alguém
me apontará o dedo acusatório
sobre a intenção do meu lirismo
não mais que feito de verdade.
Não sei a que distância fica
essa hora que me há-de condenar,
não sei sequer da cor do sorriso
de circunstância que ostentarei.
Não sei. Mas
adivinho desde já a frustração
do tribunal que me julgar
quando disser bem alto
da razão que me assiste:
- Sim, sou culpado...
Fui eu quem mais amou!

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